quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mensalidades não. Queremos Educação Pública e Gratuita


As mensalidades não são uma novidade na educação. Aliás, a muito que elas estão presentes em nosso cotidiano, seja para aqueles que estão cursando ou mesmo para aqueles que deixam de freqüentar a escola e/ou universidade por não conseguir bancar os custos. 

Até o Ensino Médio o Estado (seja em âmbito municipal ou estadual) “garante” o acesso ao ensino público. As deficiências são evidentes, e é necessário defender ampliação de verbas e melhorias imediatas a fim de garantir o pleno acesso ensino básico, fundamental e médio com qualidade e condições de desenvolvimento do conhecimento.

Mas, se antes do ensino superior a situação até o ensino médio já é complicada, quem dirá o ensino superior. Uma camada muito pequena de estudantes acessa o nível superior e ao longo da graduação muitos desistem por falta de assistência estudantil nas públicas e em virtude das mensalidades nas privadas. O ensino superior está restrito a uma pequena parcela que consegue acessar o ensino público ou que consegue pagar as mensalidades. Para se ter uma idéia do quão inacessível é o ensino superior em 2012 cerca de 5,7 milhões de jovens se inscreveram no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), destes 100 mil acessaram Universidades Federais através do Sisu e outros 250 mil acessaram bolsas através do PROUNI, que são verbas públicas destinas as Universidades privadas. Mais de 90% dos estudantes que se inscreveram no PROUNI não terão garantia de acesso a Universidade, essa é a realidade da educação no Brasil.



O DCE da Univille defende educação pública e gratuita para todos em todos os níveis. Para que isso seja possível o Governo precisa estabelecer prioridades e a educação como uma delas. Para 2013 o orçamento da União está previsto em R$ 2,2 trilhões, R$ 900 bilhões serão destinados a pagamento dos juros da dívida pública e R$ 73 bilhões para a educação. Os números mostram qual a prioridade é preciso romper essa lógica e parar de alimentar o banqueiros e destinar as verbas necessárias para a universalização do direito a educação, dinheiro tem basta vontade política.



Em Joinville seguimos na luta em defesa da Univille Federal, sabemos que há um longo caminho a percorrer, que enfrentamos um problema imediato, as mensalidades. Diante da atual situação que iniciaremos uma campanha contra o aumento das mensalidades desde já, apresentando a Universidade e aos acadêmicos o quão prejudicial é essa lógica dos aumentos, em especial por se tratar de uma Universidade de origem pública, que não possui um dono e que não tem como objetivo o lucro. Sabemos que mensalidades mais baixas não resolverão o problema e por isso defendemos a Univille Pública de fato, sem mensalidades e com vagas para todos que desejam acessá-la e é por este motivo que não podemos caminhar sozinhos, como se a Univille fosse uma ilha, mas devemos ao lado dos estudantes de todo o Brasil manter laços de solidariedade em defesa do Ensino Público e Gratuito.

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